Todos nós conhecemos a figura do conde Drácula. Uma criatura da noite que tinha poderes sobrenaturais, saia apenas à noite e sugava o sangue dos mortais para manter sua imortalidade. Porém antes que o célebre irlandês Bram Stoker desse vida ao personagem fictício do vampiro houve, em um lugar remoto da Romênia do século XIII, um nobre que teria se tornado um dos personagens mais importantes e controversos daquele país: Vlad III conhecido também como Vlad Tepes, o Empalador.
A Figura Histórica:
Vlad III era o príncipe (Voivode) de uma região chamada Valáquia e também um cavaleiro cristão de uma ordem que tinha como objetivo defender as terras cristãs dos inimigos muçulmanos: a ordem do Dragão. Uma região que era na época fortemente ameaçada pela expansão do Império Otomano. Tendo em mãos o governo de uma província um tanto pobre e vulnerável, Vlad utilizava estratégias drásticas e muitas vezes cruéis para defender seu país e manter ordem dentro de suas terras.
Vlad era de fato um oponente astuto contra os muçulmanos. Tendo passado sua adolescência quase inteira como cativo dos otomanos ele aprendeu cada detalhe dos costumes e hábitos de seus inimigos o que sem dúvida o ajudava a prever um ataque ou as estratégias do oponente em combate.
Ele teria conseguido sua liberdade da custódia otomana e regressado para seu país que estava enfraquecido e em mãos de nobres corruptos e muitas vezes até simpatizantes dos muçulmanos. Uma vez no trono da Romênia Vlad teria iniciado uma reforma para fortalecer seu país construindo fortalezas e edificações de defesa assim como optimizando seu exército para enfrentar os otomanos.
O Castelo:
O Castelo de Bran era a residência de Vlad na época e esta lendária e bela e majestosa construção ainda continua de pé até os dias de hoje. Após ter passado por algumas reformas durante os séculos seguintes, este castelo é aberto a visitas na Romênia e conta em seu acervo objetos de uso pessoal da realeza do país (sendo alguns objetos tendo possivelemnte sido usados pelo próprio Vlad).
As Atrocidades:
Mesmo com os esforços de Vlad, não haviam muitos exércitos disponíveis para defender as fronteiras então o príncipe costumava abordar as tropas inimigas durante a noite posicionando seus soldados sobre as árvores e atacando quando todos estivessem dormido. Para manter afastados os saqueadores Vlad deixava corpos empalados apodrecendo nas rotas de entrada do reino, fazendo crescer assim a sua fama de governante sanguinário e terrível.
Registros históricos contam que ele teria acabado com a pobreza em apenas 1 dia quando convidou a todos os pobres do reino para um banquete em seu palácio onde ao chegarem foram trancafiados em um local onde ele teria mandado atear fogo.
Vlad tinha o hábito de fazer suas refeições em meio aos corpos agonizantes de seus inimigos empalados e periodicamente convidava outros nobres para comer com ele empalando aqueles que demonstrassem quaisquer sinais de repulsa, medo ou espanto. Ele teria recebido dois emissários muçulmanos em sua corte e ordenado que os mesmos removessem seus turbantes. Os dois, temendo trair seus costumes, recusaram obedecer o príncipe e tiveram os turbantes pregados em suas cabeças.
A Misteriosa Morte:
A morte do príncipe tem muitas versões. Uma deles conta que Vlad teria sido traído e assassinado por nobres romenos em uma batalha dentro do país. Outras fontes relatam que ele teria encontrado o seu fim rodeado pelos corpos vencidos de seus leais guarda costas ou então morto acidentalmente por um de seus próprios homens em combate.
Por fim, seu corpo foi decapitado pelos seus inimigos muçulmanos e sua cabeça teria sido enviada à Constantinopla onde o Sultão a teria deixado em exposição em uma estaca para demonstrar que o Empalador estava morto.
O corpo de Vlad foi sepultado em Snagov, uma ilha-monstério próxima à Bucareste.
O Legado:
A fama de vampiro do príncipe veio de seus estranhos hábitos que eram comparados aos de um morcego, pois atacava suas vítimas do alto das árvores durante a noite. Sua ligação quase direta com o sangue das vítimas de suas atrocidades dava margem a crença de que ele o consumia para permanecer invencível.
Em 1931, quando arqueólogos em uma escavação em Snagov abriram o seu túmulo não encontraram os restos do príncipe, apenas ossos de animais. A localização do corpo de Vlad é até hoje um mistério.
Nascia assim o mito do vampiro da Transilvânia.
Por mais cruel e hediondo que Vlad tivesse sido, é fato que suas medidas profanas mantiveram os inimigos muçulmanos fora do país e a Romênia, durante seu reinado, presenciou um tempo de segurança e prosperidade. As atrocidades por ele cometidas mantiveram a criminalidade a níveis baixíssimos e conta-se que ele sabendo de sua fama teria posicionado uma moeda de ouro em uma praça pública que teria ficado ali até o fim de seu reinado.
Documentos históricos romenos e eslavos representam o Voivode como um herói por ter defendido seu país e trazido a ordem. Durante seu reinado ele teria sido abençoado pelo próprio papa por seus serviços a cristandade por impedir a entrada dos inimigos muçulmanos nas terras cristãs.
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Artigo do Wikipedia!
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